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Da bola doije:
Família à beira-mar

Irmãos, primos e afilhados jogam lado a lado em Monte Gordo Espírito de conquista une algarvios pela manutenção

OBeira-Mar de Monte Gordo não vive dias muito felizes. A equipa ocupa a última posição da Série D da II Divisão, estando por isso com o destino traçado, restando a segunda fase para conquistar os pontos necessários para a manutenção.

Numa equipa em dificuldades, sobressai uma família à beira-mar. Dos vinte jogadores que compõem o plantel, doze são oriundos de Monte Gordo e têm laços familiares, pois na equipa encontra-se irmãos, primos e até afilhados. O treinador Eduardo Rodrigues, que é afilhado de Paixão, conta uma experiência diferente. «Está a ser bastante engraçado, o espírito de grupo é mais visível, o carisma e a mística transmitida fortalece a união de um plantel que tudo fará para não descer de divisão», atira o técnico.

Por sua vez, Marco Nuno, o capitão dos algarvios e melhor marcador da equipa, com cinco golos, revela outro factor importante. «A motivação é redobrada, não só pelo facto de sermos uma família como por sermos oriundos de Monte Gordo», sublinha, com a certeza de que o futuro dos clubes passará por recrutar jogadores das camadas jovens, dado que «a crise assim o obriga.»



PAIXÃO VOLTA AOS 37 ANOS
Retirado do futebol nos últimos dois anos, Paixão, defesa que ao serviço do Farense atingiu o ponto alto da sua carreira, está de regresso ao clube da sua terra, desta vez para ajudar o afilhado e treinador Eduardo Rodrigues. «Voltei para ajudar um clube que não merece passar pelas aflições em que está neste momento», disse o defesa, garantindo que tudo irá fazer para salvar a equipa da descida de divisão. «A nossa tarefa não será fácil, mas acredito que o espírito familiar ajudará a equipa a manter-se neste escalão», perspectiva Paixão, disponível para jogar onde for preciso:

«Como estou aqui para ajudar, estou preparado para tudo, pois não quero inscrever o meu nome na descida de divisão. Por isso, temos que nos unir para sairmos desta situação com dignidade, até porque temos um plantel com qualidade, que não merece estar no último lugar.»