antes que el pibe bruito apague a cena, aqui vai o copy: http://acausafoimodificada.blogs.sapo.pt/597537.html
Análise ao Sporting Clube de Portugal através da análise aos jogadores do mesmo de que agora me consigo lembrar *
*Is all locution inevitably circumlocution?
Rui Patrício
Rui Patricio mantém, felizmente, a forma a que nos habituou desde que iniciou a sua carreira no clube que tem o orgulho de ser o escolhido pelo coração dos dois maiores carvalhos de Portugal: o Bruno e o William: é-lhe indiferente, nomeadamente à motivação, ao estímulo e, em última instância, à própria forma futebolística, sofrer nenhum, poucos ou muitos golos; sequer a maneira como os sofre parece influenciar a intimidade do seu íntimo. Em consequência, está sempre no topo das suas capacidades, independentemente de qualquer circunstância que o leitor agora imagine propôr. Uma das maiores frangalhadas da história dos guarda-redes de qualquer desporto deu-a Rui Patrício há uns anos, em Setúbal; a impassividade emocional-muscular da sua cara após o mesmo deu-me a certeza de que tínhamos ali um homem que não se deixa abalar por sozinho prejudicar a equipa e levá-la à derrota e humilhação. A forma expedita e desinibida como foi buscar a bola dentro da baliza e a convicção com que bateu palmas de apoio e compreensão pelo erro que o presidente, treinadores, colegas e adeptos cometeram em o ter a titular, acumulou e reforçou perplexamente na pessoa de bem (nós todos, portanto) as garantias suficientes e necessárias de que Rui Patrício é o homem incerto no momento incerto para o lugar incerto. Tanta incerteza é natural que confunda os adversários, e daí a relutância dos mesmos em testar as incertas qualidades do Rui Patrício, pois imaginam que há o risco de o mesmo fazer uma “boa intervenção”; é deste ponto exacto que pretendo comunicar o meu desafio ao caro sportinguista: lembrar-se de um jogo em que a exibição do Rui Patricio tenha sido o principal factor de definição do resultado? Não tente, porque não há; e se houver, é porque não me estou a lembrar, o que portanto o invalida como argumento para a presente linha de raciocínio. O que há, e, especificamente, o que há até este terço de campeonato que tão surpreendentemente nos tem corrido, é um William Carvalho, o esteio social-democrata da circulação de bola desta equipa do Sporting, atento a toda e qualquer tentativa de sacrificar o Rui Patrício ao mínimo protagonismo na filtragem do jogo. Parecem felizmente longínquos os tempos de há meia dúzia de meses em que o Rui Patrício fazia William Carvalho com um pontapé para a frente que por vezes falhava.
Às vezes dou por mim a pensar como é que será a relação do William Carvalho e do Rojo no “interior do grupo de trabalho”. Temos aqui dois jogadores complementares: um perde a bola, o outro recupera-a; um está sempre no sítio errado, o outro invariavelmente no local mais aconselhável; um atira a bola para uma região, o outro parece que está a brincar ao tiro com lazer; um corre desalmadamente cada centímetro quadrado do relvado, o outro caminha calmamente para preencher o espaço onde sejam úteis duas pernas e uma cabeça; um joga à bola com os calos e as artroses, o outro com o cortex cerebral. Será que alguma vez se encontraram no balneário? A minha teoria é que são tão complementares que nunca se cruzaram, que nunca se viram, que um deles só toma banho em casa. Aposto que ao ler no jornal a reportagem ao jogo do dia anterior o William Carvalho sente com o nome “Rojo” o mesmo que eu sinto quando leio “Maurício”. Desconfio que nem o tempo dirá se tenho razão, por ser impossível que nos encontremos os três.
Jefferson
Jefferson é o grande jogador deste plantel, a contratação do ano, e o único, para além do Montero, com qualidade suficiente para ir comprar iogurtes líquidos ao William Carvalho. Não duvidem: o Jefferson, enquanto o William Carvalho aguenta a bola no meio-campo, é capaz de ir comprar iogurtes líquidos ao William Carvalho e de caminho passar aqui em casa para me ajudar a encontrar o outro chinelo, voltando ainda a tempo de abrir uma linha de passe ao William Carvalho, que o aproveitará ou não segundo as ordens que traga do Olímpo onde vive. Se o Montero consegue por méritos próprios uma aliança com o William Carvalho porque com ele comunga uma determinada ideologia, o Jefferson consegue-o porque está incessantemente, 90 minutos sobre 90 minutos, em todo o lado ao mesmo tempo. Para setencentos mil euros a sua capacidade de desmultiplicação pessoal no flanco é tão soberba que a minha proposta é que, em sua homenagem, se passe a chamar ao público de Alvalade de “décimo terceiro jogador”, em vez de “décimo segundo”. Escusado será informar que esta espécie de esquizofrenia posicional benigna do Jefferson necessita de um jogador que a compreenda e saiba aproveitar, que esse jogador se chama William Carvalho, e que o mesmo pertence ao plantel de futebol profissional do Sporting Clube de Portugal.
Gostava de ver os resultados dos testes psicotécnicos do Carrillo; até por curiosiodade intelectual, não estritamente por razões futebolísticas. Espero, inclusive, que o museu do Sporting contenha uma vitrine dedicada à exposição dos mesmos, sem humidade e com luz especial, para que se não esboroe a tinta. Até imagino o Sporting a conseguir fazer mais dinheiro com a venda dos direitos dos testes psicoténicos do Carrillo a congressos de psicologia e psiquiatria que o Real faz com a venda de camisolas do Cristiano Ronaldo. Isto tudo, claro, na convicção, que não exagero, de o Carrillo conseguir entregar o teste psicotécnico que acabasse de fazer, pois seria provável que se evaporasse entre a sua mesa e a mesa onde o deveria depositar. O Carrillo é daquele tipo de gajos que não desafia a classificação: ele classifica o desafio; o Carrillo é também, portanto, um dilema filosófico. Esta é a minha justificação para estar aqui às voltas com ele, sem andar ou desandar; estou desculpado? Claro que não, nem queria; só queria que o Carrillo se esfumasse do Sporting, em vez das jogadas que insiste em protagonizar. Ora imaginemos um passe do William Carvalho para o Carrillo, que o isolava; este, como psicopata que é, será incapaz de o interpretar segundo os méritos com que o mesmo vem investido; em vez disso, trata-lo-à imediatamente como desperdicio de madeira, reciclando-o à luz de uma ideia própria por completo disparatada, que aliás ninguém compreende nem como disparate, nem o William Carvalho. É minha convicção que a permanência do Carrillo na equipa titular do plantel do Sporting se deve a esta incapacidade da razão humana mais profunda penetrar no ventre de cada decisão deste homem: nada do que ele faz tem coerência visível à mais elaborada ciência ou imaginação, mas, por isso, também não nos conseguimos decidir pelo seu incorrigível destrambelho futebolístico. O facto de as jogadas protagonizadas pelo Carrillo terem ‘William Carvalho, meio e fim’ perturba o discernimento das pessoas de bem que o tentam interpretar; será, então, que, por escatológica ironia, é aquele ‘William Carvalho’ no inicio das jogadas do Carrillo que nos impede de aceder a algo teoricamente tão iluminado como a psicopatia futebolística do Carrillo? Será que o William Carvalho é tão bom que nos impossibilita de cheirar a merda?
O Capel é uma espécie de Carrillo ao contrário, mas com o mesmo efeito prático; enquanto o Carrillo utiliza o desprezo que dedica à personalidade de cada jogada para à vista de milhões de testemunhas as assassinar pelas costas, o Capel sufoca-as num mar de esforço e voluntarismo procariotas; o espectador, perante este denso biombo de nevoeiro constuído de grossas gotas de suor e intrincados cristais de dedicação, não se apercebe que a bola voltou ao ponto e estado iniciais, mas com a equipa adversária melhor organizada e com mais energias. A única pessoa a perceber o que realmente se passa em cada jogada-devir do Capel é, obviamente, o William Carvalho, que por consequência só lhe passa a bola em situação de emergência nacional, ou seja, quando se sente muito ameaçado pelo Rojo; este último, depois de ver a bola a ir-se embora dos pés do William Carvalho, pensa que a mesma desapareceu em cordância com os últimos aditamentos à Teoria das Cordas, aliviando a pressão sobre o William Carvalho para ir fazer um carrinho por trás à meia-lua da grande área, levando um amarelo, após o que se sente muito injustiçado perante esta sociedade que tudo relativiza.
Magrão
É o unico jogador que compreende o William Carvalho; raramente joga, quando joga raramente toca na bola, quando toca na bola passa-a ao William Carvalho, e quando completa um passe para o William Carvalho o Leonardo Jardim repara nele e é imediatamente substituído. É, segundo este ponto de vista, o jogador de equipa por excelência. Precisamos de mais homens assim, e espero que na reabertura do mercado de inverno privilegiemos este perfil. Sem dinheiro não vai ser fácil, mas confio no sageza do Bruno de Carvalho.
Wilson Eduardo
Jogador essencial na manobra de cores da equipa; como “o outro preto” ou “o outro que tem ‘w’ no nome”, condensa a atenção xenófoba em si, libertando o William Carvalho para outras tarefas
4 Atoardas:
antes que el pibe bruito apague a cena, aqui vai o copy:
http://acausafoimodificada.blogs.sapo.pt/597537.html
Análise ao Sporting Clube de Portugal através da análise aos jogadores do mesmo de que agora me consigo lembrar *
*Is all locution inevitably circumlocution?
Rui Patrício
Rui Patricio mantém, felizmente, a forma a que nos habituou desde que iniciou a sua carreira no clube que tem o orgulho de ser o escolhido pelo coração dos dois maiores carvalhos de Portugal: o Bruno e o William: é-lhe indiferente, nomeadamente à motivação, ao estímulo e, em última instância, à própria forma futebolística, sofrer nenhum, poucos ou muitos golos; sequer a maneira como os sofre parece influenciar a intimidade do seu íntimo. Em consequência, está sempre no topo das suas capacidades, independentemente de qualquer circunstância que o leitor agora imagine propôr. Uma das maiores frangalhadas da história dos guarda-redes de qualquer desporto deu-a Rui Patrício há uns anos, em Setúbal; a impassividade emocional-muscular da sua cara após o mesmo deu-me a certeza de que tínhamos ali um homem que não se deixa abalar por sozinho prejudicar a equipa e levá-la à derrota e humilhação. A forma expedita e desinibida como foi buscar a bola dentro da baliza e a convicção com que bateu palmas de apoio e compreensão pelo erro que o presidente, treinadores, colegas e adeptos cometeram em o ter a titular, acumulou e reforçou perplexamente na pessoa de bem (nós todos, portanto) as garantias suficientes e necessárias de que Rui Patrício é o homem incerto no momento incerto para o lugar incerto. Tanta incerteza é natural que confunda os adversários, e daí a relutância dos mesmos em testar as incertas qualidades do Rui Patrício, pois imaginam que há o risco de o mesmo fazer uma “boa intervenção”; é deste ponto exacto que pretendo comunicar o meu desafio ao caro sportinguista: lembrar-se de um jogo em que a exibição do Rui Patricio tenha sido o principal factor de definição do resultado? Não tente, porque não há; e se houver, é porque não me estou a lembrar, o que portanto o invalida como argumento para a presente linha de raciocínio. O que há, e, especificamente, o que há até este terço de campeonato que tão surpreendentemente nos tem corrido, é um William Carvalho, o esteio social-democrata da circulação de bola desta equipa do Sporting, atento a toda e qualquer tentativa de sacrificar o Rui Patrício ao mínimo protagonismo na filtragem do jogo. Parecem felizmente longínquos os tempos de há meia dúzia de meses em que o Rui Patrício fazia William Carvalho com um pontapé para a frente que por vezes falhava.
By melga mike, at 10:24 da manhã
ahahahah
Rojo
Às vezes dou por mim a pensar como é que será a relação do William Carvalho e do Rojo no “interior do grupo de trabalho”. Temos aqui dois jogadores complementares: um perde a bola, o outro recupera-a; um está sempre no sítio errado, o outro invariavelmente no local mais aconselhável; um atira a bola para uma região, o outro parece que está a brincar ao tiro com lazer; um corre desalmadamente cada centímetro quadrado do relvado, o outro caminha calmamente para preencher o espaço onde sejam úteis duas pernas e uma cabeça; um joga à bola com os calos e as artroses, o outro com o cortex cerebral. Será que alguma vez se encontraram no balneário? A minha teoria é que são tão complementares que nunca se cruzaram, que nunca se viram, que um deles só toma banho em casa. Aposto que ao ler no jornal a reportagem ao jogo do dia anterior o William Carvalho sente com o nome “Rojo” o mesmo que eu sinto quando leio “Maurício”. Desconfio que nem o tempo dirá se tenho razão, por ser impossível que nos encontremos os três.
Jefferson
Jefferson é o grande jogador deste plantel, a contratação do ano, e o único, para além do Montero, com qualidade suficiente para ir comprar iogurtes líquidos ao William Carvalho. Não duvidem: o Jefferson, enquanto o William Carvalho aguenta a bola no meio-campo, é capaz de ir comprar iogurtes líquidos ao William Carvalho e de caminho passar aqui em casa para me ajudar a encontrar o outro chinelo, voltando ainda a tempo de abrir uma linha de passe ao William Carvalho, que o aproveitará ou não segundo as ordens que traga do Olímpo onde vive. Se o Montero consegue por méritos próprios uma aliança com o William Carvalho porque com ele comunga uma determinada ideologia, o Jefferson consegue-o porque está incessantemente, 90 minutos sobre 90 minutos, em todo o lado ao mesmo tempo. Para setencentos mil euros a sua capacidade de desmultiplicação pessoal no flanco é tão soberba que a minha proposta é que, em sua homenagem, se passe a chamar ao público de Alvalade de “décimo terceiro jogador”, em vez de “décimo segundo”. Escusado será informar que esta espécie de esquizofrenia posicional benigna do Jefferson necessita de um jogador que a compreenda e saiba aproveitar, que esse jogador se chama William Carvalho, e que o mesmo pertence ao plantel de futebol profissional do Sporting Clube de Portugal.
By melga mike, at 10:26 da manhã
análise de extremos ahahah
Carrillo
Gostava de ver os resultados dos testes psicotécnicos do Carrillo; até por curiosiodade intelectual, não estritamente por razões futebolísticas. Espero, inclusive, que o museu do Sporting contenha uma vitrine dedicada à exposição dos mesmos, sem humidade e com luz especial, para que se não esboroe a tinta. Até imagino o Sporting a conseguir fazer mais dinheiro com a venda dos direitos dos testes psicoténicos do Carrillo a congressos de psicologia e psiquiatria que o Real faz com a venda de camisolas do Cristiano Ronaldo. Isto tudo, claro, na convicção, que não exagero, de o Carrillo conseguir entregar o teste psicotécnico que acabasse de fazer, pois seria provável que se evaporasse entre a sua mesa e a mesa onde o deveria depositar. O Carrillo é daquele tipo de gajos que não desafia a classificação: ele classifica o desafio; o Carrillo é também, portanto, um dilema filosófico. Esta é a minha justificação para estar aqui às voltas com ele, sem andar ou desandar; estou desculpado? Claro que não, nem queria; só queria que o Carrillo se esfumasse do Sporting, em vez das jogadas que insiste em protagonizar. Ora imaginemos um passe do William Carvalho para o Carrillo, que o isolava; este, como psicopata que é, será incapaz de o interpretar segundo os méritos com que o mesmo vem investido; em vez disso, trata-lo-à imediatamente como desperdicio de madeira, reciclando-o à luz de uma ideia própria por completo disparatada, que aliás ninguém compreende nem como disparate, nem o William Carvalho. É minha convicção que a permanência do Carrillo na equipa titular do plantel do Sporting se deve a esta incapacidade da razão humana mais profunda penetrar no ventre de cada decisão deste homem: nada do que ele faz tem coerência visível à mais elaborada ciência ou imaginação, mas, por isso, também não nos conseguimos decidir pelo seu incorrigível destrambelho futebolístico. O facto de as jogadas protagonizadas pelo Carrillo terem ‘William Carvalho, meio e fim’ perturba o discernimento das pessoas de bem que o tentam interpretar; será, então, que, por escatológica ironia, é aquele ‘William Carvalho’ no inicio das jogadas do Carrillo que nos impede de aceder a algo teoricamente tão iluminado como a psicopatia futebolística do Carrillo? Será que o William Carvalho é tão bom que nos impossibilita de cheirar a merda?
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By melga mike, at 10:31 da manhã
Capel
O Capel é uma espécie de Carrillo ao contrário, mas com o mesmo efeito prático; enquanto o Carrillo utiliza o desprezo que dedica à personalidade de cada jogada para à vista de milhões de testemunhas as assassinar pelas costas, o Capel sufoca-as num mar de esforço e voluntarismo procariotas; o espectador, perante este denso biombo de nevoeiro constuído de grossas gotas de suor e intrincados cristais de dedicação, não se apercebe que a bola voltou ao ponto e estado iniciais, mas com a equipa adversária melhor organizada e com mais energias. A única pessoa a perceber o que realmente se passa em cada jogada-devir do Capel é, obviamente, o William Carvalho, que por consequência só lhe passa a bola em situação de emergência nacional, ou seja, quando se sente muito ameaçado pelo Rojo; este último, depois de ver a bola a ir-se embora dos pés do William Carvalho, pensa que a mesma desapareceu em cordância com os últimos aditamentos à Teoria das Cordas, aliviando a pressão sobre o William Carvalho para ir fazer um carrinho por trás à meia-lua da grande área, levando um amarelo, após o que se sente muito injustiçado perante esta sociedade que tudo relativiza.
Magrão
É o unico jogador que compreende o William Carvalho; raramente joga, quando joga raramente toca na bola, quando toca na bola passa-a ao William Carvalho, e quando completa um passe para o William Carvalho o Leonardo Jardim repara nele e é imediatamente substituído. É, segundo este ponto de vista, o jogador de equipa por excelência. Precisamos de mais homens assim, e espero que na reabertura do mercado de inverno privilegiemos este perfil. Sem dinheiro não vai ser fácil, mas confio no sageza do Bruno de Carvalho.
Wilson Eduardo
Jogador essencial na manobra de cores da equipa; como “o outro preto” ou “o outro que tem ‘w’ no nome”, condensa a atenção xenófoba em si, libertando o William Carvalho para outras tarefas
By melga mike, at 10:31 da manhã
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