ALL GARB DESUNITED

segunda-feira, setembro 17, 2007

SEITAS DE PATES & CONSERVAS



Há uns tempos reparei num artiguezinhe dum jernal cólquer... "Ediberto Lima, o que é feito e si?". Com alguma curiosidadus mórbida ou líquida, li a cena. Diz que tem uma empresa que faz dobragens e legendagens. Se não se lembram quem é este senhor, eli é "apenas" o homem que nos deu o Muita Louco e o Pig Show Sic. Diz que pra inventar este último certo dia teve um epidibertfânia quando, numa estação de serviço, deu uma olhadela num daqueles expositores com K7's de muzca popular portuga (asul material?) e achou que era um desperdício aqueles cantores não estarem na tv, visto que havia mercado, senão as K7's não estavam ali, blá, blá....

Onde quero chegar? Não tenho nada contró Brasil, muito menos contra as bundasileiras, cheguei a ver ténevélas condera pute (não tou ma armar em nada, simplesmente hoje em dia não tenho paciência nem tempe), principalmente as do Roque Santeiro e do Luca no Cantareira. Tirei muitas vezes pelo Escrete quando nós (já) não estávamos lá (pretty much até à idade adulta), mas isso não faz com que eu queira que Portugal seja o Brasil. Portugal é Portugal. O Brasil é o Brasil. Futebol, pé.

Provavelmente a selecção que mais gostei de ver jogar num Europeu até hoje foi a da Holanda, em 88. Mas nunca desejei que Portugal fosse a Holanda. Nem que fosse naturalizar uns quantos holandeses em posições que nos desse jeito. Basicamente… estou com a visão romântica do LOBO e do que me faz gostar de futebol de clubes e de selecções. E saber qual é a diferença.



Voltando ao Ediberto, o que que queria mesmo dizer é... não compro nem nunca comprarei a banhada dessas cobras que chegam cá e nos tentam vender aquilo que já temos, mas que supostamente não estava à nossa vista desarmada, abrindo luz no tristonho país do fado. Basicamente, diz que sem sotaque não conseguimos ver essa tal da auto-confiança e ca ideia das bandeiras não partiu do professor martelo, porque... ele não tem sotaque.

Vpcês sabem de quem estou a falar e onde quero chegar. Já tou fartinho da tanga de que fez melhor que todos os outros antes dele. Discordo totalmente. E os números também discordam. Já disse que apesar de não morrer de amores pelo professor Cavaco Queirós, só ele é que nos deu títulos mesmo títulos. Daqueles mesmo ganhos, tão a ver? O resto é conversa. Terceiros lugares e boas figuras já Oliveira em 1996 e Humberto em 2000 nos tinham dado, e com... os meninos dele. Até mesmo em 2004, é óbvio que ainda tavam lá meninos desses, o que a juntar ao meio-campo campeão europeu de mourinho a partir do segundo jogo e após uma derrota... deu frutos, pois concerteza que deu. Antes disso ninguém se parece lembrar duma fase de preparação desastrosa. Que também fica para a história da selecção. Mas aí parece que não tinha sotaque ainda. Ou já tinha?

Números frios e duros: a nível de mundial... em 2006 não fez melhor que em 1966; a nível de disciplina não fez melhor que 2002 e a prova é o caso sérvio; a nível de europeu... se em 2004 chegou um jogo mais à frente do que tinhamos chegado em 2000, atrevo-me a dizer que prefiro a epopeia de 2000. Sem naturalizados, sem querer ganhar à força toda e a todo o custo. Com as nossas virtudes. E defeitos. Aliás, em 2000 não tivemos a qualificação entregue de bandeja por sermos país organizador. Em 2000 não tivemos a oportunidade de, no último jogo, vencer uma equipa que já nos tinha derrotado e que deveríamos saber como jogava. Em 2000 não tivemos a oportunidade de, no último jogo, perder com um golo na sequência de uma bola parada ingualzinho em monte ao que esse mesmo adversário tinha marcado um ou dois jogos antes.

Vamos todos para o Inferno?