EXPOSIÇÃO AO NORTE

"Can I give you all a lot of music?"

Aqueles dois advogados com pernuncia nuórtenha que tavem lá na AG é que levam umas belas estórias para contar ao pessoal da rua deles, sem dúvida que levam... não sei se a melhor foi a do "bingo é prós velhos!", a intervenção inicial do Flipinhe sobre eventuais participações noutras competições e sponsors (que eu tentei encurtar iniciando as palmas, mas ele é mais esperto do que eu e não foi nessa, continuando a sua intervenção) ou qualquer uma das várias participações do Juanito (ou "Ruanitó"), esse mestre do soundbite.

Aliás, quando saí para o meu beer break perdi a melhor, segundo me contaram. Ao que parece, Juanito apróxegou-se da mesa e pediu não sei o quê para a claque, num remate fulminante, completamente à queima-roupa. Contou-me, quem assistiu, que essa foi mesmo a melhor da noite, mas eu apreciei bastante a intervenção em verso (acho que foi logo a sua primeira), em que aproveitou o "samos todos de Olhão" para encerrar rimando com qualquer coisa como "ganho a vida com a minha profissão".

Ou seja, tudo pérolas para os senhores advogados levarem nas suas memórias para norte sobre esta nossa térrinha. E daí que a cara dum deles não me saía da cabeça, até que, zás, fez-se luz: era o violinista maluco slash génio incompreendido que aterrou em Cicely, a cidade do Alaska protagonista da seríe "No Fim do Mundo" (titalo original "Northern Exposure"). Ou não era?