DESCANSA EM PAZ, MANÉ!!!

Eu sei que este blog é na sua essência um sítio onde brincamos e até gozamos com os assuntos do futebol e com as várias personagens que nos vão aparecendo ao longo dos anos, enquanto continuamos a cultivar a paixão por esta modalidade, que se reflecte na maneira como discutimos os variados assuntos com que nos deparamos, as polémicas, os casos, os jogos e acima de tudo os artistas, os jogadores de futebol, que são e continuarão a ser os verdadeiros protagonistas do espectáculo, sejam eles futebolistas de élite ou jogadores do distrital.

É por isso, por se tratar do desaparecimento de um ex-futebolista, de um ex-atleta de um dos maiores clubes da nossa região, que já foi um dos mais importantes do nosso País, de alguém que ficou ligado à História desse clube, alguém que criou raízes na cidade, que, hoje, escrevo este post.



Habituei-me a ver o Mané jogar com a camisola do Farense nos idos anos 80, ainda era eu um rapazola, ao lado de nomes que ficaram na memória de tantos que como eu, passavam as tardes de domingo, alternando entre as transmissões radiofónicas da Renascença ou a presença no Estádio São Luís (quando o meu Olhanense não jogava em casa), como o Pitico, o Fernando Cruz, o Ademar, o Pereirinha, o Ricardo, o Celso, o Sérgio Duarte, entre outros. Lembro-me dele ter ido jogar para Barcelos, para o Gil Vicente, onde não foi tão feliz e ter regressado alguns anos depois, já perto dos 37, 38 anos ao Algarve para jogar na equipa do Padernense que conseguiu ascender à 2ªDivisão-B, tendo sido o goleador dessa equipa em anos consecutivos.

Lembro-me também de nos meus primeiros anos de universitário, escapar a algumas aulas, durante as tardes e ir com alguns colegas, sentar-me na esplanada do seu estabelecimento ali perto dos "Artistas", onde tive a oportunidade de conversar com ele por 2 ou 3 vezes, parecendo-me sempre uma pessoa afável e de bom trato. Por fazer parte das minhas primeiras memórias futebolísticas, por ser um bocado da História recente do Farense e porque, apesar de ter sido muito pouco o contacto que tive com ele, me parecer um ser humano afável, simpático e bem-disposto, lhe presto aqui a minha pequena homenagem.
Descansa em paz, Mané!!!