ALL GARB DESUNITED

quarta-feira, setembro 09, 2009

"ESCREÇÃO"

Muito bom, saído da mente do our own KEVIN SMITH.

Muito bem resumido por outro tertuliano também o nosso actual seleccionador: um treinador que mandou às malvas tudo aquilo em que sempre nos disse acreditar relativamente à formação, projectos, estruturação e pensamento estratégico para o futebol; apesar de ser uma selecção em que, mais do que a identidade, conta o Bilhete de Identidade; apesar de achar vergonhoso tudo o que se passa e comenta em surdina nas convocatórias do Queirósz

Mas curiosamente, nem o culpo muito pelas natrazlizações, pois sendo um palopense de origem, recordo-me perfeitamente de que tentou ser o pioneiro nisso, quando andou atrás do corentin martins e/ou do robert pires, e acho que me recordo de mais alguém que agora não me recordo.

Mas, sim, custa-me muito que ele leve um levezinho que aos 31 anos se lembrou que o coração batia levemente por nóis, mas a verdade é que se levasse era porque levava, se não levasse era porque não levava, e para bem ou mal dele, acabou por ser ajudado pelos impedimentos de postigas e almeidas.

O que mais me custa mesmo, apesar de não nutrir especial apreço pela personagem CQ (gosto apenas do pormenor dele não ser o scolari, e isso é uma belíssima virtude), é aquele desespero latente de que nada lhe poderia correr pior (da albânia ao brasil onde não mereceu nada, aos jogos com a dinamarca onde até mereceu tudo, mas ninguém parece se importar com isso) que ele tenta disfarçar com metáforas bélicas, seja de ir prá selva ou das tropas ou do crédito (onde creio que alude a não ter existido qualquer trabalho minimamente decente na formação e agora termos que "comprar" jogadores a crédito).

Ora, não é preciso ser um daqueles gajos que vão à sic analisar as casas e as vidas privadas do jerónimo e do portas para perceber que ele está a abusar das metáforas, pois são mais ou menos sempre a mesma coisa, só que muda-as constantemente para dizer mais ou menos o mesmo, e a mensagem não passa. Até porque... é ele que está a falar.

Dá-me a impressão que tenta dourar a pílula, tentando querer parecer à força mais inteligente e mais gentlemã do que o antecessor, mas... esquece-se para quem está a falar. É caqui, neste cantinho, a maralha prefere o gajo de bigode (e já nem isso CQ tem) que descaradamente rouba a cena básica que funciona das bandeiras ao professor martelo, que dá um tapa no adversário, não pede desculpas a não ser depois da mulher lhe dizer a figura que fez (momento de ohhhh, dirão os marqueteiros) ou que chama burros a todos e nunca pede desculpas (usando impunemente, while he speeks, camisa dji botão com casaco de fat train por cima).

Bottom line: começo a já nem ter pena de CQ, nem dos golos sofridos ou falhados pela "escreção". Simplesmente já não me revejo. Moutinho podia jogar no lugar de Deco, Meireles ou Petit no de Pepe, e até o João Tomás podia jogar no lugar do levezinho aquele, que o Juca também levou o Jordão á selecção com 37 anos, quando o Gomes e o Rui Águas não podiam. E se não tivessemos brasileiros na selecção (achoque conseguiamos fazer um 11, podia não ser uma super-equipa, mas um 11 fazia-se) será que tínhamos feito uma fase de apuramento pior? É que numa coisa toda a gente concorda: era bastante difícil fazer pior...