SAUDADES DE LER JOEL SOBRE PESEIRO

Quando ele falava da estética loser e da proximidade que sentia com o Atlético de Madrid (ele bem queria agora) ou quando fez o elogio total a Paulo Bento (muito antes do Forever de JEB, e penso que ainda no tempo dos primeiros passos de Filipe Basil Soares Fawlty Franco Tower of Silly Walks, pós-Visconde Dias de Sabugosa e Cunha), criticando-o por não lhe detectar fraquezas, comparativamente ao antecessor ribatejano, para apenas uma semana ou isso depois surgir o célebre sketch da dranguilidade e do gasdigadu do RAP, o homem que Joel gostava de ter nascido para depois crescer (?). Essa sequenciazita cronológica gostosa estará sempre no meu coração, tal como o "temos coisas mais importantes para ganhar, já esta semana", no final da noite de Sábado, após o golo de Luisão e poucos dias antes de Wagner Love aterrar em Lisboa, vindo da Rússia, com muito amor. E por isso tudo é que me deliciei, nostalgicamente, a ler isto:

"Peseiro Fica - Como poderia não ficar? Quero acreditar no que disse António Salvador - e que, portanto, a continuidade de Peseiro não está dependente dos resultados contingenciais da equipa do Braga. De resto, não percebo sequer o aparecimento do nome de Sérgio Conceição na equação. José Peseiro deixou muito claro ao país, quando passou pelo Sporting, aquilo que é: um treinador que gosta de bom futebol, mas que claudica nos momentos decisivos; que dá margem aos seus jogadores para se expressarem, mas que não deixa de ser um homem desconfiado (até um pouco complexado), o que acaba por roubar-lhe coerência na hora de gerir o fracasso. Basicamente, o Braga sabia muito bem ao que ia quando o contratou. Se o dispensasse agora, dispensá-lo-ia apenas por ser José Peseiro. E isso eu ainda não vi Salvador fazer."