OUVIR RELÁTES? a bit SAD if you ask me...
Eu sei, eu sei, há pessoal aqui do blog que é relátes lover, mas eu sempre fui um becade anti-isso, tal como sou um becadinhe anti-sms. Expilico: sou da opnião que quem quer comunicar via telefone com alguém, liga logo, não manda uma mensagem escrita, "obrigando" a outra pessoa a "dar ao dedo" também.
No caso do futebol, sou um bocado anti-relatos porque me inerva não tar a ver o jogo. Não só pelo esforço em imaginar o que se está a jogar baseado nas palavras de outros malcagens, mas também pelo facto de, ao estar a ouvir o relate, isso significar que... não estou no Estádio!!! E isso enerva-me.
Se a algumas alminhas ouvir o relato os "transporta" aos tempos de outrora, aquele imaginário infanto-juvenil em que não havia quase jogos televisionados e os jogos eram quase todos às 3 (com honrosas exepções para os das ilhas e pró Farense de Barata que era às 15h30), respeito isso, partilho esse imaginário, mas não partilho o gosto por ouvir o jogo narrado por outros e não estar a vê-lo.
Acho mesmo que nunca levei um rádio prá bola. Claro, por vezes preocupeidava-me em perguntar a pessoal que tá de fónes na bancada o resultado de adversários directos na luta pela subida ou descida, confesso que "usufruí" dos rádios de outrém, mas considero levar rádio pró estádio um autêntico faux pas no puritanismo de adepto da bola. Pinhão terrade ou gelade Gelvi inda vá que não vá (nógá e queijadas será a correspondência directa para os leitores não-algravios).
Ironicamente, agora que há jogos a toda a hora e a todos os dias pela TV, nas últimas épocas tenho sido um "tele-espectador de relates" (momento C.A.G.A. do texto) nos últimos anos. Como nem sempre dá pra ir ver o Olhanense fora de casa, lá tem de ser. Isto tude pra quêi? Pra ver salguém diz a essa bimbalhada que costuma fazer os relátes do Olhanense no nuórte que o nosso clube é muito macho! Já não posso ouvir "a Olhanense", como se fossemos alguma Associação Desportiva. Alguém explica a esses gajos quando utilizar "bês" ou "vês" e o género de um Sporting Clube? Quando (ou se...) passarmos a SAD, logo se podem dirigir ao Olhanense como a uma gaja. Já não basta eu detestar ouvir relátes, e tudo quanté árbitro nos andar a foder...
Mas ontem acho que foi mesmo azelhice do relatador, pois na altura de uma substituição realçou a curiosidade de ir entrar, pelo Moreirense, o "algarvio Bruno Mestre". Eu próprio tava convencido que esse moço que jogou pelo Farense era natural da nossa região, mas depois a voz radiofónica ter acrescentado "algarvio natural de Almodôvar"... digamos que foi a única coisa que me fez rir numa tarde em que o Olhanense (e não a!) parece que lá foi roubado mais uma vez...
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