ALL GARB DESUNITED

sexta-feira, junho 03, 2005

MORREU O "AMIGO DOS POMBOS"



Parece que foi ontem que tinha chegado a casa, tinha 11 ou 12 anos, e a Selecção estava a ganhar em Estugarda, com o tal golaço do Carlos Manuel que eu perdi de ver em directo. Começo a reparar em quem é que tava a jogar na "equipa de todos nós"... o Mário Jorge a jogar em monte do lado esquerdo, o Veloso acho que a jogar a médio (até fez pra lá um atraso do meio-campo que não lembrava ao Dixon), mas lá ganhámos. Até o farense Zé Rafael acho que chegou a entrar no final, mas... o elemento mesmo estranho naquela equipa titular era um careca que tava pra lá a líbero (ou foi a trinco que jogou?). Foi o primeiro jogo do Zé Antoine pela Selecção, e houve quem dissesse que o Torres só o meteu a jogar porque eram os dois amigos das lides da columbofilia. Se calhar até eram, mas o antigo capitão do belem é uma das grandes figuras do "imaginário de oitenta" (como diria o Álvaro Costa), que agora desaparece assim, dum momento para o outro, de um modo abrupto e fulminante.

Na foto ali em cima lá está ele, com a "fruteira" que o Belem ganhou com o tiraço do Juanico. O gaje que tá ao lado dele na foto é outro internacional AhÁ, o Jaime, que eu tive o prazer de conhecer pessoalmente no Jamor, na final da Taça da época passada. Qué que isto tem a ver com o Algarve? Pá, o Zé António jogou no Estoril...

Paz à sua alma.

1 Atoardas:

  • É mais um do tal "imaginário dos 80" que nos deixa depois de Zé Beto e Vítor Damas. Lembro-me bem dessa final da taça em que foi o agora malogrado jogador que ergueu a taça depois do Belenenses ter feito ao Slb o que o Setúbal lhe fez este ano, com golos de Chico Faria e Juanico (um petardo de muito longe, que golão!).
    É das memórias mais fortes que tenho dele, mas também me lembro da sua prestação em alguns jogos da Selecção, mormente no pós-saltillo, apesar de ter estado presente nessa página triste do futebol português.
    De qualquer maneira é mais um daqueles jogadores e homens do futebol que nos habituámos a ver ao longo de anos e anos e a relembrar sempre que surgia o revivalismo da década de 80.
    Quem o conheceu diz que era um bom homem, quem privou com ele dentro do mesmo clube diz que era um grande profissional e que foi um grande capitão. Independentemente disso, uma coisa é certa, o futebol português ficou mais pobre. Foi-se mais uma grande referência do passado recente do nosso futebol e o Belenenses perdeu uma figura importante da sua história, ligada à última grande equipa que existiu lá prós lados de Belém.
    Estejas onde estiveres, José António, descansa em paz sabendo que a tua memória perdurará para sempre como referência de uma época do futebol português.
    Até qualquer dia.

    By Blogger Admiraavaca, at 7:44 da tarde  

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