ANY QUESTIONS? (A FASHION STATEMENT)

Esqueçam o "Quantos São" de fatigravata ou mesmo de roupão à porta de casa. Agora é camisa de ganga (pareceu-me), não necessariamente toda abotoada, e mangas arregaçadas. E nada de enervações, que o médico preveniu. Anunciar a suspensão dos jogos naquela 6ª fera foi feito de forma light. Como se a culpa não morasse, de algum modo integral ou percentual, ali. É de todos menos dele. Aliás, o soundbite disse tudo: "Any Questions?"

Se bem que até acho que não levava ponto de interrogação a seguir ao "Questions". Levava, sim, sorriso irónico de "podem até me culpar por isto, mas tou quase a bazar, dreads". Foi uma pergunta retórica para precaver as perguntas. O ter sido feita em ingalês tem mais que se lhe diga. Ou então não. Foi uma questão de estilo. Pra que não dissessem o que disse Gil y Gil, qualquer coisa de “piensa que esta hablando com los negros en Angola” ou algo assim, não foi?

Mas com ou sem Cunha Leal a dar voltas e voltas com os dedos, a metê-los pelos pés e pelas mãos, apenas e tão somente pra dizer o que poderia dizer duma só vez, uma coisa é certa: este caso aconteceu ainda durante o mandato do Major. Tal como o Caso Saltillo foi no mandato de Silva Resende, o Mundial 91 no mandato de João Desdentarodrigues, e a não ida à UEFA em dois anos consecutivos no mandato de Vilavinho. Essas coisas ficam arquivadas na História desse modo, por mais volta que lhes queiram dar. Não atirem com as culpas para o relatório 69 ou para o Vale e Azevedo.