GOLPE DE CAPOEIRA
“O Almancilense atravessa uma fase de expectativa, em que a equipa apresenta um apuro de forma, a que não é alheio um certo sincronismo em termos de treino, pese embora a equipa ser jovem, pois com os treinos e com o decorrer da época é que conseguimos obter um certo conjunto, pois os jogadores já actuam com uma certa sintonia, mas de qualquer modo quando falo em expectativa, refiro-me concretamente àquilo que agora aconteceu no seio da equipa, com a saída inesperada do capitão Jesus, que decidiu abandonar o Almancilense para ir treinar uma formação que como é sabido é directamente competidora connosco, e a essa atitude eu chamaria de «golpe de capoeira», e embora os meus jogadores sentissem de algum modo este facto, dado que aquele atleta era o capitão a quem eu havia confiado a estratégia da equipa para neste projecto me representar quase como se fosse treinador-adjunto dentro do campo, tenho de aceitar que no melhor pano cai a nódoa e a saída desse elemento está ultrapassada, pelo que não gostaria de falar mais nisso, embora reconheça que nesta fase do campeonato, não é fácil refazer uma equipa. Apesar desta contrariedade confio em absoluto nos atletas disponíveis para a conclusão do projecto do Almancilense que é a subida de divisão (…)” - in Notícias de Almancil, Abril de 1990.