Se há coisa em que suporto a sobranceria de Mourinho é nas críticas a Scolari. Quando o vangalzinho de setubal elogiou o trabalho do técnico alemão dos gregos e referiu que não é com apelos à lágrima no canto do olho que se ganham jogos, esteve, quanto a mim, muito bem. Disse tudo. Nem mais, nem menos. Disse o que ninguém teve coragem de dizer, num país de jornalistas subservientes.
Mas também confesso que, do segundo ao penúltimo jogo do 2004, acreditei que fosse possivel ganhar o caneco. Aliás, não acreditei. Quis acreditar. Sou humano. Um homem português humano.
Agora, também confesso: nunca acreditei que o Felipão tivesse trazido algo mais a Portugal. O que transfigurou a Selecção do primeiro para o segundo jogo foi ter passado a jogar com o meio-campo do campeão europeu, só isso. Mais rigorosamente nada. As bandeiras à porta e à janela foi um plágio ao JVP do comentário político e uma atitude muito, mas muito mesmo, condescendente para o povo que os acolhe e que "eles" gostam de descrever como triste e necessitado da alegria que sobra aos analfabrutos de lá (pudera, não têm mais nada).
Scolari, para mim, mostrou a sua verdadeira face quando ainda treinava o Escrete, isto antes dum amigável Portugal-Brasil, ao dirigir-se ao Goofy do jornalismo lusitano (Nuno Luz) com um «tá ouvindo, ó portuguêis», inserindo a expressão numa frase que meteu o mecinhe em sentido depois deste se ter atrevido a perguntar porque é que não convocava o Jardeu. Não sei porquê, mas esse "ó portuguêis" não me parece que tivesse um sentido muito positivo.
Quando, já depois do "érô", Felipão foi bastante (mais do que) rude para um jornalista (do sexo "fraco", note-se) pensei que a nossa imprensa fosse acabar com ele. Não. Fez aquilo que melhor vi descrito este fim-de-semana num artigo de opinião dum jornal qualquer não-desportivo sobre essa estranha vontade de agradar ao barman que só o português tem.
Pois agora teve duas boas, o Felipão do coração grande, que se descai por vezes, mas não é (muito) má pessoa. Duas boas, muito boas, que me fizeram cair da cadeira sozinho, mas que passaram incólumes neste país que já não consegue bater no fundo. Limita-se a boiar na puta da merda. Mas nádesernada. Siga para bingo. Xa lá enumerar as duas, já agora:
1 - A Irlanda tem um futebol parecido com a Eslováquia (esta nem do Artur "Querem-me matar" Jorge esperava).
2 - Convocou Rogério Matias. Mais: meteu-o a jogar.
Quanto a esta segunda… a conovatória desta fraca emulação de argentino que nem pau sabe dar, acho que só não lhe chamo
bluff porque isso seria insultar o Rui Jorge.
Contextualizo agora em algarveu: porquê o Rogério Matias e não o Branquinho? Só porque tem o cabelo rapado? Porquê o Rogério Matias e não o Nuno Amaro ou o Edgar do Ó? Ou mesmo o Zé Jaquim do Messinense que já foi ala-toda em equipas do Jorge "Cadete arraçado de Ravanelli" Jesus?
Edesnorteando completamente, basta ver o que Edisserem os mecinhes do Edisse que têm de aturar com ele todos os Edomingues:
http://d-afonsohenriques.blogspot.comMais palavras pra quê?