... mas não era preciso tanto!
Ao que parece, a vontade expressa em sair por questões pessoais, deve-se a dívidas contraídas com a academia do Moutinho no Algarve. Obrigado, João, a malta por cá aprecia bom futebol e saúda iniciativas deste género, mas não era necessário o exagero.
O Sporting formou um jogador desde os 13 anos, o jogador de grande classe que é hoje em dia. À medida que a classe do jogador foi evoluíndo foi melhorando substancialmente o contrato, até aos cerca de 100 mil euros mensais actuais. Como se não bastasse, este último contrato, assinado por ambas as partes de livre vontade, prevê numa cláusula, no mínimo surreal, o pagamento ao jogador de 10 % das propostas não aceites (isto no limite, permitiria a falência do Sporting com propostas consecutivas de clubes rivais e consequente enriquecimento de Moutinho).
Agora, o menino acha ainda, que para receber estes 10 %, as propostas não tenham que ser escritas, basta aparecer um judeu qualquer a oferecer de boca.
Sempre me habituei a ver no João, além de um exemplo como jogador, um exemplo como homem, de profissionalismo, empenho e dedicação. Tudo aquilo que o Sporting lhe ofereceu, ele retibuiu em dobro, com o Sporting a acompanhar com o mesmo sentido de retribuição. Este exemplo de dedicação entre clube e jogador permitiu ao João chegar a capitão do Sporting apenas com vinte anos de idade.
Apenas por isto, quero perdoar as declarações de sábado, quero que tudo se resolva e não tenho dúvidas que o empenho do jogador, se continuar, vai ser igual ao que sempre foi até aqui. Mas a braçadeira de capitão terá obrigatoriamente de ser perdida. O Moutinho, por toda a maturidade já demonstrada sabe que as palavras e atitudes têm consequências. E aquela que teve no sábado, foi tudo menos diga de um grande capitão.
Por isso, João, agradecemos a preocupação com o desenvolvimento do futebol algarvio, mas deixa lá estar.
Quero que tu e as tuas dívidas vão para o CARALHO!
